quarta-feira, 15 de julho de 2015

Resenha Literária: Luxo - Anna Godbersen

Informações:
Resenha feita por: Amanda
Autor (a): Anna Godbersen
Editora: Rocco
Páginas: 397

Sinopse: 


"Na virada do século XX, as belas irmãs Elizabeth e Dianaa Holland são as rainhas da vida social de Manhattan. Pelo menos é o que parece. Quando descobrem que a sua posição na alta sociedade de Nova York não está nem um pouco segura, subitamente todos - incluindo Penelope Hayes, uma alpinista social traiçoeira, Henry Schoonmaker, o mais charmoso solteiro da cidade, e Lina Broud, uma criada invejosa - ameaçam o futuro dourado de Elizabeth e Diana.

O destino da família Holland está nas mãos de Elizabeth, que precisará escolher se vai cumprir suas obrigações ou seguir seu coração. 
Mas quando sua carruagem tomba às margens do rio Hudson, a garota que vivia figurando nas colunas sociais da cidade é engolida pela corrente gélida. Toda Nova York está em prantos e alguns começam a se perguntar se a vida deslumbrante de Elizabeth se tornara um fardo pesado demais para ela, ou se havia alguém que desejava que a mais famosa jovem de Manhattan desaparecesse...

Num mundo de luxo e ilusão, onde as aparências são o mais importante e não cumprir as regras pode levar ao ostracionismo, cinco adolescente levam vidas perigosamente escandalosas. Essa emocionante viagem à era da inocência não é nada inocente."

Bom, por onde começar? Já tinha visto os livros dessas séries em diversos bookhauls no youtube, mas o título da história nunca me animou muito, sempre me passou de ser uma história fútil e sem graça, sem falar das comparações com a série de livros Gossip Girl, que eu cheguei a ler alguns volume há uns anos atrás e não gostei nada. Assim eu tinha todos os motivos do mundo pra nem sequer me interessar por essa história.
Acontece que eu li a sinopse e me interessei, e tive uma surpresa deliciosamente agradável lendo esse livro!!!!!!!!! Ameeeeei!

Mas agora vamos lá, o que me fez gostar tanto dessa história? De um ponto de vista geral, a história não tem nada de muito genial (pelo menos não nesse primeiro livro), alguns acontecimentos chegam até a ser um pouco previsíveis, mas isso não estragou o desenrolar da narrativa, pelo contrario, acho que simplicidade com que foi escrita foi um dos motivos no qual me fez gostar tanto. 
O livro tem uma narrativa bem fluida, bem gostosa e bastante envolvente, o que faz com que a leitura seja relativamente rápida e possua um ritmo bem legal.

Mas pra mim, o melhor aspecto da leitura foram os personagens, e a forma como a autora os apresenta e como ela desenvolve cada um deles.
No começo tive uma certa dificuldade até de distinguir quem era de fato o protagonista da história, pois ela desenvolve igualmente bem os protagonistas e os personagens secundários dando um destaque merecido a todos, deixando bem claro que nenhum deles está ali por acaso, todos contribuem de forma importante para  o desenvolvimento da narrativa. Outro ponto que me ganhou, foi o fato desses personagens serem esféricos, "como assim esféricos?" Bom, vou explicar, eu chamo de esféricos porque no decorrer da história somos capazes de conhecer vários lados da personalidade dos personagens, ou seja, a mocinha perfeita e linda, vai além disso, a amiga invejosa e malvada, não é só invejosa e malvada, nenhum deles fica preso ao seu esteriótipo, a gente consegue ver vários traços da personalidade de cada um, o que acaba justificando o porque de muitas de suas ações.

Enfim, acho que já falei demais,mas recomendo o livro pra quem está afim de uma leitura light, rápida, com romance, intrigas, mentiras, um toque de humor e muita diversão!


domingo, 23 de fevereiro de 2014

Book Haul #01 - Janeiro/Fevereiro


Olá pessoal! Bom, esse post vai ser um pouquinho diferente do que eu e a Luh costumamos postar por aqui.
Como vocês viram no título, hoje eu vim postar um Book Haul, eu normalmente não compro tantos livros assim de uma vez, então esse tipo de post não vai ser frequente, mas nesse mês de janeiro e Luh veio passar as férias aqui em Brasília e a gente acabou colocando o pé na jaca hahaha, então achei que seria interessando mostrar pras vocês!
Esse aqui são apenas os livros que eu comprei, se vocês quiserem ver o que a Luh comprou cobrem dela! ;)




Book Depository






Série " Lux " - Jennifer L. Armentrout

- Livro 1: Obsidian

-Livro 2: Onyx

-Livro 3: Opal

-Livro 4: Origin







                                                                       
                                                                              Sebo







  - Farenheight 451 - Ray Bradbury



 - Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley



- O Caso dos Dez Negrinhos - Agatha Christie



- Um Conto de Natal - Charles Dickens




 - O Menino do Pijama Listrado - John Boyne



 - O Apanhador no Campo de Centeio - J.D. Salinger

Livrarias Convencionais (Cultura, Leitura, Saraiva)









- Nada - Janne Teller



- O Palácio de Inverno - John Boyne



 - Os Garotos Corvos - Maggie Stiefvater



 - Estilhaça-me - Tahereh Mafi





Livros importados em promoção na Saraiva






-  Frankenstein - Mary Shelley


- Alice's Adventures In Wonderland and Through
The Looking Glass - Lewis Carrol


- Jane Eyre - Charlotte Bronte







Bom, esse foi o Book Haul, pra quem quiser mais detalhes eu vou deixar o link do vídeo aqui em baixo! Espero que tenham gostado!!!



terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Resenha Literária: "Nada" - Janne Teller


Informações:
Resenha feita por: Amanda
Autor (a): Janne Teller
Editora: Galera Record
Páginas: 127

Sinopse: 
" Você começa a morrer no instante em que você nasce"

"Nada" vai contar a historia de um grupo de pré adolescentes entre os seus 13/14 anos, onde um deles Pierre Anthon, simplesmente decide que nada importa, nada na vida faz sentido, e que não vale a pena viver, já que você está morrendo de qualquer forma, pensando assim, Pierre sobe em cima de uma ameixeira e se recusa a descer. Porém essa atitude do garoto acaba gerando grande efeito nos seus colegas de classe, que decidem criar uma "Pilha de significados", onde fariam uma pilha com objetos de extrema importância pra si,  com o objetivo de convencer Pierre de que ele estava errado e que as coisas importam sim! No começo as crianças abrem mão de objetos simples,  que não fariam tanta falta assim, es decidem que tem que abrir mão de coisas que realmente importam, e uma criança escolhe o que a outra vai colocar na pilha  e é ai que a "pilha de significados" acaba se tornando algo doentio.

Bom, acho que vale começar dizendo que esse não é o tipo de livro que vai agradar todo mundo, a história é extremamente pesada, macabra e pessimista, os alunos começam com uma intenção boa, de ajudar um colega, e acabam numa situação bizarra e creepy, perdendo o objetivo inicial de toda aquela "Pilha de significados".

Eu achei a historia bem chocante, principalmente pelo fato dos personagens serem tão jovens. Sempre a ultima criança que colocou algo na pilha é quem vai escolher o que a próxima criança irá colocar, e é mais chocante ainda perceber que esses jovens começam a sentir certo prazer em ver cada colega abrindo mão de coisas absurdas, e se vingando no outro.É um livro bem curtinho, que eu li em um dia, mas tem uma carga tão pesada que eu recomendaria ler aos poucos, pra digerir os fatos (podem acreditar em mim quando eu falo que esse livro é algo absurdo e chocante).

Como eu falei, eu achei o livro extremamente pessimista,  mesmo tendo um bom objetivo no começo, a história segue um rumo que sinceramente fica difícil de  consegui tirar alguma coisa de bom pra refletir depois. A minha maior reflexão foi pensar, chocada, até que ponto chega a crueldade, o senso de maldade de algumas pessoas, e o que são capazes de fazer em situações extremas, ou para se vingar de outras.Mas apesar de toda a negatividade eu gostei bastante do livro, mas vale considerar que eu gosto desse tipo de leitura, coisas mais densas, chocantes e pesadas, e apesar de super recomendar a leitura,  primeiro veja se esse tipo de romance faz o seu gosto, se não, acho que nem vale a pena tentar.

Gostei bastante da escrita da autora, e da forma como ela bolou a história, gostei muito da história ser contada em primeira pessoa, pois é muito interessante de entender o que se passa na cabeça desses jovens e de onde vem toda a amargura  que os levam a fazer o que fazem. "Nada" é um livro maravilhoso e ao mesmo tempo assustador, leitura mais que recomendada!

Confiram a resenha em vídeo que a Luiza fez!







quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Resenha Literária: Extraordinário


Informações:
Resenha feita por: Luiza
Autor (a): R.J. Palacio
Editora: Intrínseca
Páginas: 320

August Pullman, ou Auggie, é um menino de 10 anos muito inteligente, que adora Star Wars, joga bastante videogame e é apaixonado por sua cachorrinha de estimação, Daisy. Ele poderia ser encarado como um menino comum, porém não é assim que as pessoas o enxergam. Auggie nasceu com uma síndrome genética e possui uma deformidade facial, o que geralmente faz com que as pessoas o encarem com repulsa ou pena, porém o próprio Auggie não consegue ver dessa forma. Ele se acha um menino extremamente normal, sem absolutamente nada de extraordinário.



"O legal de crianças pequenas é que elas não dizem coisas para tentar magoar você e, mesmo que às vezes façam isso, não sabem o que estão falando. Quando elas crescem, por outro lado...sabem muito bem o que estão dizendo. E isso, definitivamente, não é divertido para mim."
Auggie passou grande parte de sua infância fazendo diversos procedimentos cirúrgicos para tentar amenizar a sequela causada pela doença genética. Em nenhum momento do livro, a deformidade de Auggie é totalmente descrita. Algumas características são apresentadas porém cabe ao leitor imaginar o rostinho de dele como um todo. Os pais de Auggie são extremamente dedicados e superprotetores, principalmente a mãe, Isabel. Depois de muitos anos testemunhando as piores reações possíveis das pessoas ao rosto de Auggie, os dois hesitam bastante em mandar o menino para uma escola. Quando Auggie está com 10 anos, os pais conversam com ele e decidem que já é hora de Auggie ir para a escola e enfrentar o mundo.

É então que aparece um dos muitos personagens extremamente carismáticos do livro, o diretor do colégio, o senhor Buzanfa (Tente ler o nome dele sem rir! Eu não consigo.). Desde o primeiro momento ele se mostra extremamente cuidadoso e zeloso com Auggie e convoca alguns alunos do colégio para o receberem e apresentarem aos outros alunos. São muitos os momentos que me fizeram amar esse personagem, e conforme a história avança fica evidente seu excelente caráter e senso de justiça. Tentem não chorar no discurso dele no final do livro!
"Grande é aquele cuja força conquista mais corações pela atração do próprio coração."
O livro é narrado não apenas por Auggie, mas também por outros personagens, incluindo sua irmã e alguns colegas de turma. A princípio, achei que não iria gostar desse formato, porém os personagens são tão apaixonantes que não tem como não se encantar com os relatos de todas as pessoas que são afetadas de uma forma ou de outra por Auggie.

Olivia, a irmã de August, é uma de minhas personagens favoritas. Sua narrativa é uma das mais surpreendentes, pois percebemos como sua vida pode ser solitária em casa, já que o constante centro das atenções é seu irmão. Em nenhum momento, ela é uma personagem mesquinha ou egoísta, porém uma menina extremamente madura para sua idade tentando lidar com seus problemas adolescentes sozinha e falhando algumas vezes, o que a torna extremamente humana.
"Eu vi August depois das cirurgias: seu rostinho inchado e enfaixado, seu corpinho cheio de cateteres e tubos para mantê-lo vivo. Depois que você vê alguém passando por isso, parece loucura reclamar por não ter ganhado o brinquedo que pediu ou porque sua mãe perdeu a peça da escola. Aprendi isso aos seis anos. Ninguém nunca me disse. Eu simplesmente soube."
As narrativas dos amigos de escola de Auggie também são extremamente adoráveis. Summer e Jack são dois lindos que me lembraram muito um filme com Robin Williams que eu adorava quando era criança, chamado Jack. Os dois são uma grande representação da palavra amizade em seu sentido mais puro. Dois amigos de verdade que viram os grandes defensores de Auggie na escola, pois é claro que assim como em qualquer colégio, existem muitas crianças com espírito de porco que farão você querer pular dentro da página para defender Auggie. (Estou olhando para você Julian!)
"Sempre haverá idiotas no mundo, Auggie."
É muito difícil para mim tentar externar tudo que esse livro me fez sentir. Durante a leitura eu ri e chorei, refleti, e no final eu realmente hesitei muito em virar a página porque realmente não queria que a leitura terminasse. Sim, ele é esse tipo de livro.
"Vamos criar uma nova regra de vida...sempre tentar ser um pouco mais gentil que o necessário."
Todos os personagens presentes no livro estão presentes para fazerem com que você sinta alguma coisa. Prepare-se para se apaixonar por alguns personagens e para odiar outros. Prepare-se para sentir amor, compaixão, alegria, raiva e para tentar controlar a vontade de abraçar o Auggie em cada virada de página.
Percebe-se que a autora sabe o que está fazendo quando ela narra por vários pontos de vista diferentes e consegue te convencer e emocionar com cada um deles.
"Acho que devia haver uma regra que determinasse que todas as pessoas do mundo tinham que ser aplaudidas de pé pelo menos uma vez na vida."
Esse livro é um presente para quem se apaixona por personagens. Não me lembro de um grupo de personagens tão bom desde A culpa é das estrelas. Me envolvi tanto com essa história que no final fiquei abraçada com o livro enquanto me despedia de Auggie, Olivia, Jack e todos os personagens maravilhosos que conheci aqui. Prepare-se para conhecer uma história sobre inocência, perda da inocência, sobre a maldade de algumas pessoas e sobre a bondade de outras. Por mais clichê que seja, acreditem que esse livro é realmente extraordinário!
"Não, não é tudo um acaso. Se fosse, o universo nos abandonaria à própria sorte. E o universo não faz isso. ele cuida das suas criações mais frágeis de formas que não vemos."

Avaliação:

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Resenha Literária: O Oceano no Fim do Caminho


Informações:
Resenha feita por: Amanda
Autor (a): Neil Gaiman
Editora: Intrínseca 
Páginas: 205

Sinopse:

O Oceano no Fim do Caminho, vai contar a história de um homem (pois é, o nome dele não é informado), já La pelos seus 40 anos, que está a caminho de um funeral, mas que no meio do caminho decide mudar de rota e visitar o local onde passou uma parte muito importante de sua infância, embora sua antiga casa não esteja mais lá, ele se vê atraído pela fazenda hempstock, que fica no fim do caminho, onde morava uma grande amiga sua Lettie Hempstck , ao entrar e se sentar na beira do lago (ou oceano como dizia Lettie) ele relembra de sua infancia, que foi assustadora, cheia de aventuras e de elementos fantásticos



Bom, não sei nem como começar, confesso que tenho medo de não conseguir expressar aqui tudo que eu senti lendo esse livro. A história conta com vários elementos fantásticos completamente diferentes do que o que a gente tá acostumado, é muito comum encontrar em livros de fantasia  bruxas, fadas, elfos, essas coisas, mas aqui no oceano no fim do caminho, os personagens são tão únicos que fica até difícil de identificar que tipo de criaturas eles são, ou até mesmo estereotipar os personagens.

 Não tem como não se apegar e não se envolver com a história e com os personagens, eu tive aquela sensação de que o protagonista estava falando diretamente comigo, como se fosse um amigo me contando uma historia, e nem preciso dizer que me senti com sete anos de idade novamente, apesar de não ter me identificado com o protagonista, como muitos com certeza se identificaram, eu me senti muito próxima e fiquei muito envolvida mesmo, sentia medo quando era pra sentir medo, chorei me diverti, e tudo de forma bastante intensa, sem sombra de dúvidas foi a melhor leitura do mês de agosto.

Confesso que eu fiquei com uma grande duvida enquanto eu estava lendo, não sabia se, tudo que o personagem conta, de fato aconteceu, ou se foi tudo obra da sua imaginação, bom eu prefiro acreditar que tudo realmente aconteceu hihi. O Oceano no Fim do Caminho é um daqueles livros que fazem a gente refletir e pensar em muita coisa quando acaba, eu confesso que demorei uns bons dias aí pra conseguir desapegar e engrenar em outra leitura.

O livro está mais do que recomendado, se você nunca leu nada do Neil Gaiman, com certeza esse é um ótimo livro pra começar, e se você gosta do Neil Gaiman esse é um livro que você não pode deixar de ler!




Avaliação:



Onde Comprar: SubmarinoLivraria Cultura


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Resenha Literária: Por isso a gente acabou


Informações:
Resenha feita por: Luiza
Autor (a): Daniel Handler
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 376

"O dia está lindo, ensolarado e tudo mais. É daqueles dias em que você acha que tudo vai dar certo etc. Não era o dia para isso, nem para nós, que saímos de 5 de outubro a 12 de novembro. Mas já é dezembro e o céu está claro, assim como tudo agora está claro para mim. Estou contando por que a gente acabou, Ed. Estou escrevendo, nesta carta, toda a verdade sobre o que aconteceu. E a verdade é que, porra, eu te amei demais."

É difícil encontrar alguém que nunca tenha levado um pé na bunda na vida. É como um ritual de transição pelo qual todos temos que passar. É exatamente disso que se trata o novo livro de Daniel Handler, Por isso a gente acabou

O autor ficou conhecido por seu pseudônimo de Lemony Snicket usado para escrever a série infanto-juvenil de sucesso,Desventuras em Série. Nesse romance, Daniel Handler mantém o mesmo humor sarcástico para tratar desse assunto de uma forma muito leve, divertida e inevitavelmente triste.

Min Green é uma menina louca por filmes, que sonha em ser diretora de cinema. Sua vida vira de cabeça para baixo quando ela começar a sair com Ed Slaterton, cocapitão do time de basquete e um dos meninos mais bonitos da escola, Ed pertence à turma de populares, o completo oposto da turma de amigos de Min. Com muito pouco ou quase nada em comum, os dois vivem um relacionamento intenso e muito apaixonado. 

Porém desde o início já se sabe que algo deu errado, afinal a história começa com uma Min de coração partido, juntando lembranças do relacionamento dos dois e colocando tudo em uma caixa para entregar para ele, enquanto lhe escreve uma carta. Na tampa da caixa está escrito You either have the feeling or you don't, o que significa algo como Ou você tem o sentimento ou não tem, e essa frase passa a fazer cada vez mais sentido conforme você vai avançando na leitura.

Essas lembranças funcionam para que Min conte toda a história desde o início pois cada um dos capítulos é dedicado a um objeto que ela coloca na caixa, enquanto ela conta como veio a possuir cada um deles e o que representaram no relacionamento dela com Ed. E ao fim de todos os capítulos, ela encontra sempre um motivo diferente para eles terem terminado. Como se o namoro estivesse condenado desde o início e ela não tivesse percebido, o que é algo muito comum em finais de relacionamento. Em cada término de namoro, sempre nos lembramos de alguma coisa e pensamos "como foi que deixei isso acontecer" ou "como eu não vi isso antes". Todo o livro é feito de perguntas como essas, já que é um grande relato de um relacionamento que não deu certo e o motivo de não ter dado certo.

Não tem como falar desse livro sem comentar as imagens impressas. Assim como em Desventuras em Série, o livro é cheio de gravuras feitas pela ilustradora Maira Kalman, que funcionam como um ótimo acompanhamento para a história. Todos os objetos presentes na caixa como um ingresso de cinema, um bilhete e duas tampinhas de garrafa, são ilustrados no livro.

Esse é um livro extremamente envolvente. E não é para menos, já que é um assunto tão conhecido por todos. Você acaba sofrendo por começar a história de trás para frente e saber que o relacionamento está fadado a terminar mal. Você se pega torcendo por uma reviravolta no último ato, embora saiba que é improvável. Você passa a gostar do Ed, achá-lo fofo, defendê-lo e duvidar que ele possa fazer alguma coisa que venha a arruinar esse relacionamento que parece tão forte, apesar das diferenças entre os envolvidos. Mas o único mistério que o livro realmente contém é tentar descobrir quem é de verdade Ed Slaterton e o que ele fez para deixar Min tão arrasada.

Um grande destaque ao personagem Al, melhor amigo de Min, e tão original e estranho como ela. Ele é o grande companheiro com quem ela assiste seus filmes favoritos, bebe constantemente café e cozinha diversas comidas, inclusive o bolo de seu aniversário de 16 anos, que eles chamam de 16 do Desgosto, como uma piada ao Sweet 16 ou Doce 16, como é conhecido a data nos EUA, no qual eles fazem um bolo de chocolate extremamente amargo e horroroso. Me apaixonei fácil pelos dois já nesse início!

Daniel Handler merece muitos aplausos por escrever sob o ponto de vista de uma menina que acaba de sofrer uma desilusão amorosa de forma sensível e bem humorada. Sim, o bom humor do autor está constantemente presente na história e é um dos motivos pelos quais eu adorei o enredo. Em momento nenhum a história se transforma em um simples dramalhão adolescente. Handler equilibra todos os momentos tristes e felizes de forma que você ri, se diverte e sofre com a personagem, porém nunca vira algo exagerado.

Não se deixe enganar pela capa, o livro não é infantil, mas deliciosamente jovem e de fácil identificação para qualquer pessoa de qualquer idade que algum dia já sofreu desse mesmo mal. 

Avaliação:



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Resenha Literária: Insurgente



Informações:
Resenha feita por: Luiza
Autor (a): Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 511

"Insurgente. Substantivo. Uma pessoa que age em oposição à autoridade estabelecida, mas que não é necessariamente considerada agressiva."
-Página 445.


Insurgente começa exatamente de onde o primeiro livro acaba. Depois de lidar com decepções, traumas e muitas descobertas, Tris está em um trem partindo para um fim futuro desconhecido com Tobias, Caleb, Marcus e Peter. Sem ter um lugar certo para ir, o grupo parte em busca de abrigo em outras facções, o que torna possível para o leitor descobrir mais a respeito das mesmas. 

Devo adiantar logo que essa é uma resenha muito difícil para mim, porque achei esse livro muito difícil de resumir em palavras. Tudo nele está diferente do primeiro livro. A narrativa de Roth continua fluida e muito boa, mas tirando isso, o livro é completamente diferente de Divergente. 

A primeira diferença notável é no clima, que está pesado depois dos acontecimentos do final de Divergente. Tris se mostra incrivelmente mais vulnerável e insegura nesse livro, o que eu achei ótimo e necessário, já que ela passa por muitos traumas no final do primeiro livro, porém algumas pessoas podem achar esse excesso de vulnerabilidade um pouco irritante. 

Sempre gostei muito da Tris, não só porque ela é uma personagem forte, mas principalmente porque ela convence sendo forte. Apesar de ser durona, ela tem seus momentos de menininha, o que é ótimo já que ninguém pode ser forte o tempo todo. Adoro também a forma como ela se questiona o tempo todo, e acho que isso resume o enredo da série. É uma história sobre escolhas e suas consequências e como elas nos definem.

Tris achava que escolher uma facção definiria tudo a seu respeito, porém esse pensamento já começa a mudar quando ela conhece Tobias, que afirma sempre que quer abraçar todas as facções. Nesse livro essa questão é ainda mais importante, já que de certa forma eles não pertencem mais a nenhuma facção. De certa forma, isso traz uma certa liberdade para que Tris possa observar todas as facções pelo que elas são de verdade.

Os eventos do final do primeiro livro também afetam o relacionamento entre Tris e Tobias. De certa forma, os dois estão mais unidos e tudo parece mais intenso agora, mas Tris continua sendo assombrada por seus últimos atos, principalmente pela morte de seu amigo, Will. Com medo da reação de todos, principalmente de Tobias, Tris mantém segredo a respeito disso, o que acaba afastando um pouco os dois.

Apesar de ser um livro com muitos cenários e personagens diferentes, esse é um livro mais lento do que o primeiro. A questão aqui é principalmente as emoções e reações dos personagens à tudo que está acontecendo, por isso ele também possui uma carga dramática maior. Além de conhecer novos personagens, também vamos conhecer novos lados dos personagens apresentados no primeiro livro. Roth mostra com algumas reviravoltas, que o personagem que você considera um vilão pode não ser tão ruim assim, enquanto aquele bonzinho pode estar escondendo algumas coisa.

Essa com certeza se tornou a minha série distópica favorita. Adoro como a Roth foca nos personagens o tempo todo. É muito bom acompanhar a evolução dos acontecimentos e relacionamentos. E uma coisa que eu posso dizer que também é EXCELENTE nesse livro é o fato de que não possui triângulo amoroso!! \o/ O que é ótimo para pessoas que como eu, não aguentam mais essa fórmula.

Resumindo, esse é um livro que apresenta muitas diferenças do primeiro e que provavelmente não vai agradar a todo mundo (Vejam a resenha da Amanda!), mas que para mim serviu para tornar essa trilogia em uma das minhas favoritas. Agora é esperar outubro chegar para ler a continuação e conclusão dessa série maravilhosa!

Avaliação:



Resenha em vídeo (Amanda)